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Tornando-se um vencedor
Deus tem o poder de transformar vidas. Algo que pode passar desapercebido para qualquer pessoa como simples ou vulgar, não o será para Deus. Deus tomou vidas simples, desprezadas, sem relevância social, cultural ou política e as tornou uma bênção não só para si ou sua família, mas para toda a nação de Israel. Assim foi o caso de Gideão. Ele foi tomado do último lugar, da última posição de expectativa e construído por Deus como solução para todo o seu povo. Deus forjou nele um vencedor. E essa história que me serve de inspiração para fortalecer e estimular os filhos de Deus a serem tudo o que podem ser no Senhor.
Começando do zero...
A história de Gideão é contada em Juízes, do capítulo 6 até o 8:33. O povo de Deus se afastara do seu Deus. Então, enfraqueceu e os inimigos os oprimiram. Após sete anos sendo atacados e enfraquecidos por inimigos poderosos, cujos guerreiros, camelos e armamentos eram incontáveis, o povo de Israel clamou ao Senhor e o Senhor enviou um anjo para aquele que Deus via como solução para Israel.
Talvez esse passe a ser o grande problema a ser resolvido aqui, porque somente Deus via em Gideão uma solução. Veja o encontro do anjo de Deus com Gideão como aconteceu:
(11) Então, veio o Anjo do SENHOR, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o pôr a salvo dos midianitas. (12) Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente. (13) Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o SENHOR é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém, agora, o SENHOR nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas. (Juízes 6:11-13).
Um homem assustado, preparando-se para esconder-se em algum buraco na rocha para não morrer de fome. Pronto para fugir do inimigo. Um homem que se considerava desamparado por Deus, invisível. Foi este homem ou é deste tipo de homem que Deus está falando quando vê um homem valente. Você pode não ver qualidades em você, mas Deus verá. Porque Ele não lhe fez para sobreviver e viver escondido para garantir apenas ter o que comer e continuar empurrando a vida para frente. O Senhor nos fez para o seu propósito de revelar a sua glória em nós e é assim que Ele nos vê. Mas para que Ele possa realizar seu plano em nós é preciso que Ele transforme a nossa visão de nós mesmos. É preciso mudarmos o nosso referencial de identidade e aprendermos que somente Ele deve ter a autorização de dizer quem somos, o que podemos e o que temos.
O DESAFIO DE DEUS: NÃO TE MANDEI EU?
Deus envia Gideão, mas Gideão refuga, assustado, apresenta sua carteira de identidade de derrotado: “E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.” (Juízes 6:15). O que para Gideão são condições determinantes, para Deus são meras formalidades humanas. Nenhuma condição humana em que você se encontre será um limite para Deus operar na sua vida. Não importa se a sua família é pobre, sua condição de classe social; não importa se dentro da sua família você não é o mais respeitado. Não importa o que você ache das suas impossibilidades, “porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.” (Lucas 1:37).
Não importam todas as coisas que você acha que vão lhe dar distinção na sua família, na sua rua, no seu Estado, no seu país, somente uma coisa basta. E veja o que Deus diz que basta: “Tornou-lhe o SENHOR: Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem.” (Juízes 6:16). O Senhor colocou Gideão como solução para todo o Israel e disse mais, que os midianitas, por maiores e mais numerosos que fossem, iriam cair de uma só vez diante de Gideão PORQUE O SENHOR ERA COM ELE: “Já que estou contigo [...]”.
Deus estava reconstruindo o filho do agricultor, o caçula, o homem pobre sem acessos. Deus estava se colocando sobre ele para gerar um manto de glória para o qual Ele o tinha criado. Então, Gideão, que se via como alguém abandonado por Deus, começa a crer que pode se aproximar de Deus. O próximo passo é entregar-se.
Entregando-se ao Deus que o nomeia
Sempre que se recebia um profeta no Velho Testamento, tratava-se o profeta como Deus, pois uma vez que era enviado de Deus, tudo o que se fizesse a Ele seria feito a Deus. O novo testamento confirma a prática: “Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo.” (Mateus 10:41). Gideão não havia compreendido ainda que estava diante de um anjo. Então, recebe o anjo convidando-o a entrar em comunhão com ele. O judeu não come com quem ele acha impuro. Convidar para a mesa é uma honra e um convite para a aliança. Gideão se sentia inseguro sobre a aceitação de Deus e quis fazer uma refeição memorial para ser aceito pelo servo de Deus em sua frente: “(17) Ele respondeu: Se, agora, achei mercê diante dos teus olhos, dá-me um sinal de que és tu, SENHOR, que me falas. (18) Rogo-te que daqui não te apartes até que eu volte, e traga a minha oferta, e a deponha perante ti. Respondeu ele: Esperarei até que voltes.” (Juízes 6:17-18). Gideão conseguiu entender que ele podia ser de classe baixa, pobre, sem importância política, mas se o Senhor o aceitasse em sua presença poderia se tornar tudo o que Deus estava dizendo que Ele era.
Gideão foi preparar a oferta, num tempo de fome e sendo de uma família pobre colocou o que tinha de melhor em casa diante do que para ele era um profeta, e Deus o surpreendeu:
(20) Porém o Anjo de Deus lhe disse: Toma a carne e os bolos asmos, põe-nos sobre esta penha e derrama-lhes por cima o caldo. E assim o fez. (21) Estendeu o Anjo do SENHOR a ponta do cajado que trazia na mão e tocou a carne e os bolos asmos; então, subiu fogo da penha e consumiu a carne e os bolos; e o Anjo do SENHOR desapareceu de sua presença. (Juízes 6:20-21)
Gideão provavelmente teve o maior susto da sua vida. Imagine que você já está tenso porque tem um convidado ilustre para o jantar. Já não sabe se ele vai se agradar da comida e, de repente, o homem fulmina a comida com um gesto!!! É de apavorar! Não é um homem, é Deus! O Deus que Gideão conhecia era aquele que fulminava quem se aproximava dele em pecado. Imagine o susto! E Gideão abriu a boca terrificado: “(22) Viu Gideão que era o Anjo do SENHOR e disse: Ai de mim, SENHOR Deus! Pois vi o Anjo do SENHOR face a face. (23) Porém o SENHOR lhe disse: Paz seja contigo! Não temas! Não morrerás! (Juízes 6:22-23)”. Mas, Senhor tinha o propósito de transformação na vida de Gideão e não de destruição. O Senhor ainda é o mesmo e tem a mesma intenção. Devíamos nos lembrar sempre disso. Gideão estava sendo chamado como era e onde estava para ser transformado naquilo que Deus sonhara para ele e para Israel. É maravilhosa a declaração de Deus: “[...] Paz seja contigo! Não temas! Não morrerás!”. Os seus pecados e erros não vão prevalecer e sim o plano que Deus tem a seu respeito.
Recebendo o Shalom de Deus
A primeira coisa que precisamos receber de Deus para que Ele nos forje como vencedores é o Shalom dEle. O Shalom de Deus é muito mais do que o que chamamos de paz, mais do que tranquilidade. O Shalom de Deus é SEGURANÇA DA PRESENÇA DE Deus LUTANDO AO NOSSO LADO E NOS ABENÇOANDO COM SUA PRESENÇA! Isso é maravilhoso! Independe das circunstâncias, pode ser num barquinho minúsculo no meio de uma tempestade, se o Senhor está conosco, nós estaremos seguros.
Não faça a imagem do Shalom de Deus como uma rede armada à beira mar, de frente àquele por do sol belíssimo sobre águas plácidas. Jeová Shalom é aquele que levou o povo marchando pelo meio do deserto árido, mas Que proveu refrigério, vestes, calçados e alimento em sua presença, que seguiu adiante desbaratando os inimigos do seu povo. Paz de Deus é a segurança de tê-lo como aliado para lutar nossas batalhas conosco. Ele está a nosso favor, isto sim é garantia de segurança.
Gideão achava que Deus o tinha desamparado. Ele não tinha paz. Toda luta que empenhava era uma luta solitária, sem certeza da vitória ou sobrevivência. Escondendo algum bocado para ter o que comer, sobrevivendo até o problema seguinte... Não há nada mais terrível do que a angústia de não ter o Senhor conosco na batalha. É estar sob ameaça constante. Deus precisava marcar o coração de Gideão com essa Paz e segurança antes de poder fazer através dele o que havia nascido para fazer.
O chamado à Paz
Todos nós somos chamados à Paz com Deus. A aliança com Deus através de Jesus é o que nos dá essa Paz. É pela aliança que temos os pecados pagos, a consciência limpa e a relação de culpa e acusação diante de Deus tem fim. Jesus sentou-se na mesa com os apóstolos na quinta-feira, levantou o cálice e disse: “Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.” (Lucas 22:20). Talvez você tenha ouvido essa frase várias vezes e ela permaneça sem sentido. Mas, a ceia da Páscoa era realizada entre aliados, pessoas da mesma família (veja Êxodo 12:3-4). Sentar à mesa na Páscoa não era para estranhos. Jesus convidou os seus irmãos para uma aliança e assumiu esta aliança ao preço da sua vida, seu sangue.
Até aquele momento, ninguém conseguira prender Jesus e nem o conseguiria se Ele mesmo não consentisse. Lembre-se de que quando os guardas vieram prendê-lo, perguntaram seu nome e quando ele respondeu, toda a guarnição caiu por terra. (João 18:5-6). Jesus poderia ter ido embora, mas Ele tomou o caminho da cruz. A cruz era o caminho do pagamento dos pecados que Ele não tinha antes de assumir os nossos pela aliança. Aliança significa tudo o que é meu é seu, tudo o que é seu é meu. Tudo o que era nosso se fez dEle, nossos pecados e nossa morte, para que toda a Vida de Deus, que é dEle, se torne nossa na ressurreição dEle: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21).
Ao retirar o pecado, que fazia separação entre nós e Deus (Isaías 59:1-2), Jesus nos deu a Segurança da Presença de Deus conosco. Esse era o título que identificava o Messias: Emanuel, Deus conosco. Porque sem Ele, não há ponte que nos aproxime de Deus, pois o pecado é um abismo eterno, que só uma vida eterna, perfeita, poderia preencher para que nos aproximássemos da Presença abençoadora do Pai:
(19) porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude (20) e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. (21) E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, (22) agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, (Colossenses 1:19-22).
Se você quer receber a Paz de Deus, confesse a Ele que você precisa do perdão dos seus pecados, que se cansou de lutar só. Que precisa da Paz dEle, a Paz que prevalece no meio de qualquer situação e independe de qualquer situação, ore assim:
Querido Deus, tenho me cansado de procurar resolver tudo na minha vida sem ter certeza da Tua ajuda. Agora compreendi que Jesus deu a vida dEle para que eu vivesse em Paz. Na Paz da tua segurança, da certeza de que o Senhor está comigo para guiar a minha vida e me dar vitória sobre meus inimigos. Torna-me aquilo que o Senhor sonhou para mim a partir dessa aliança que assumo hoje contigo em que tudo o que é meu se torna seu e tudo o que é seu se torna meu, em nome de Jesus.
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