domingo, 14 de outubro de 2018

O Milagre do Maná, o suprimento Divino

João 6:32
Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.

Verdade Aplicada

Jesus é o alimento essencial sem o qual a vida não pode nem começar, nem continuar, e Sua salvação nos confere dois grandes privilégios: vida no presente, e no futuro.

Textos de Referência


Êxodo 16:14-18
E quando o orvalho se levantou, eis que sobre a face do deserto estava uma coisa miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra.

E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse-lhes pois Moisés: Este é o pão que o SENHOR vos deu para comer.

Esta é a palavra que o SENHOR tem mandado: Colhei dele cada um conforme ao que pode comer, um ômer por cabeça, segundo o número das vossas almas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda.

E os filhos de Israel fizeram assim; e colheram, uns mais e outros menos.

Porém, medindo-o com o ômer, não sobejava ao que colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco; cada um colheu tanto quanto podia comer.


Comedores de Maná

A peregrinação de Israel pelo deserto rumo à terra prometida, nos dá a exata dimensão do cuidado que Deus tem pelo seu povo. Durante quarenta anos, quando sua nação amada esteve mais exposta a toda sorte de perigo e privação, foi sua intervenção divina que providenciou abrigo, alimentação e vestimenta. Muitos são os milagres registrados no Pentateuco, dos quais podemos destacar a presença visível da glória de Deus, os sinais portentosos manifestado contra os inimigos de Israel, a abertura do mar vermelho, roupas e sapatos que não envelheciam; a nuvem que proporcionava sombra e frescor durante o dia e se incendiava a noite para produzir luz e calor, água saindo de rocha e banquete de carne em pleno deserto. Entretanto, o milagre que melhor evidência o mecanismo da provisão divina, é exatamente o Maná. A palavra maná no hebraico significa "man hû", e para alguns autores, sua raiz etimológica vem da sua analogia devido a aparência da “seiva de tamarisco” que no hebraico também significa (man hû). Segundo relatado na história israelita, o Maná parecia uma pequena semente redonda e branca, que ainda sobre a terra, tinha uma aparência flocosa, semelhante a geada. Outras comparações dizem que o Maná era parecido com uma semente de coentro, e assim como o bdélio (uma espécie de resina aromática), tinha a aparência de pequenas perolas. Caía do céu à noite, entremeada com duas camadas de orvalho, e segundo a tradição judaica, ao paladar, ela se assemelhava ao sabor do alimento favorito de quem a provava, embora seja muito comum relatos de que seu gosto lembrasse bolachas de mel ou bolo doce de azeite. Na culinária, o Maná tinha diversas aplicações, podendo ser moído, cozido ou assado, dependendo de como seria empregado na “receita”, mas também podia ser consumido em natura.

Uma das características mais impressionantes do Maná, é que ele provia a quantia das necessidades nutricionais da pessoa com tanta precisão, que depois do consumo, o corpo não precisava gerar resíduos, o que contribuía em muito para a o bem estar sanitário daquela gente. O Maná também era dado em provisão diária, e não era permitido a estocagem do mesmo, pois quando guardado, se deteriorava em menos de 24 horas (exceção feita na passagem da sexta para o sábado). Assim, ninguém se alimentava de “pão amanhecido”, e a cada dia, uma nova provisão era derramada sobre o arraial, provando o cuidado diário de Deus com o seu povo. Infelizmente este fato fez com que alguns dos israelitas ficassem um tanto enjoados com o chamado "pão do céu", chegando ao cumulo de o renomear com a alcunha “pão vil”.

Segundo o rabino Yank Tauber, a provisão diária de Maná, deu ao povo tempo livre para se dedicar a outro tipo de alimentação: A Lei de Deus: Logo depois que o Maná começou a cair, recebemos a Torá no Monte Sinai. Durante as quatro décadas seguintes atravessamos o deserto, comendo o maná e estudando Torá. Isso é basicamente tudo que fizemos (quando não havia problemas). O Midrash vê uma conexão direta entre nossa dieta e nossa ocupação, declarando que "a Torá podia ser dada somente a comedores de maná". Partindo deste princípio, podemos dizer que espiritualmente também somos “comedores de maná”, usufruindo da provisão diária do Senhor, o que nos permite empregar tempo e esforços no Reino de Deus, como veremos mais adiante.


Um Deus supridor

O milagre do maná no deserto, do ponto de vista humano é o maior e mais extraordinário milagre de provisão Divina. Além do escopo pessoal de saciar a fome daqueles hebreus recém saídos do Egito, em tal milagre residem verdades análogas mais profundas, com preciosas lições como veremos a seguir. Quando o povo saiu do Egito não demorou muito para ter necessidade de comida e água. Isso para Moisés representou um teste de confiança na provisão de Deus, ele, porém, não vacilou em sua fé, e o milagre de provisão foi realmente grande em relação ao seu povo. O significado do nome maná no hebraico é:“o que é isso?”, do som desta palavra feito no hebraico é que surgiu o nome “maná”. Essa designação permaneceu pelo fato deles não conhecerem aquele alimento fornecido por Deus quando caminhava pelo deserto, logo após a saída do Egito. “O que é isso?” foi uma expressão que se fixou como designação daquele alimento. Quatros coisas interessante nos chamam a atenção quando descrevemos o maná:

1) Ele veio do céu, era inexplicável, como o mistério da piedade Divina (I Timóteo 3:16);

2) Era pequeno, o que nos lembra da humildade de Jesus (Êxodo 16:14);

3) Era branco, o que nos lembra a pureza e a impecabilidade dEle. Ele é o Filho Santo de Deus (Êxodo 16:31).

Por quase 40 anos, foi satisfatório e fortalecedor para a nação alimentar-se do maná (João 6:48-50). Tudo que precisamos como alimento espiritual é Jesus Cristo. O Pão celestial enviado por Deus. Devemos nos banquetear com o Pão que nunca nos deixará faminto. A grandeza do milagre da provisão por meio do maná é impressionante sob o aspecto de sua quantidade, qualidade e continuidade. Essa alimentação fornecida aos filhos de Israel, que eram bem numerosos, possivelmente, dois milhões de pessoas incluindo mulheres e crianças. O maná, rico em nutrientes, caía diariamente durante seis dias da semana, exceto no sétimo dia que era o sábado. O Senhor lhes privou de outros alimentos variados que estavam acostumados. Mas durante quarenta anos nunca lhes deixou faltar o pão do céu (Deuteronômio 8:1-3). O cuidado de Deus foi demonstrado de maneira grandiosa e contínua servindo de base para nossa fé (Hebreus 9:4-9). A alimentação não foi variada, mas foi o que eles precisavam e assim Deus faz conosco ainda hoje.

Milagre é um fenômeno que foge às leis naturais, logo não tentaremos explicá-lo, mas medir de acordo com Êxodo 16:16. Segundo os pesos e mediadas do dicionário Almeida, um “ômer” equivale a um décimo de um “efa”, que possuía 17,62 litros. Isso significa que um ômer possuía 1,76 litros e que essa porção poderia ser despejada numa tigela. O Senhor Deus determinou que se apanhasse um ômer diário por cabeça, e quando consideramos o relato de Número 11:21, concluímos que havia seiscentos mil homens, isso sem contar as mulheres e as crianças. Logo, se esse número for multiplicado por quatro, então nos aproximaremos da quantidade de víveres que o Senhor providenciou. O número da população era em torno de dois milhões e quatrocentos mil pessoas (2.400,000) e talvez até mais! Isso é extraordinário, pois essa projeção dá quatro milhões duzentos e vinte mil litros de maná diários, durante quarenta anos ininterruptos. Muito maior que a quantidade desse milagre, era a sua qualidade, ele veio do céu, direto da mesa do Senhor (Salmos 78:23-25). Como os judeus tinham acesso fácil ao maná! Eles não tiveram de escalar uma montanha nem atravessar um rio profundo. O maná caiu onde eles estavam (Romanos 10:6-8).


Lições aprendidas com o Maná

O maná foi concedido ao povo ao longo dos quarenta anos. O milagre da provisão pelo maná era transitório e apontava para algo futuro dentro do plano Divino, tais coisas eram carregadas de lições espirituais para o povo de Deus de todos os tempos. Para que o ser humano desfrute de uma boa saúde ele precisa de uma alimentação saudável e variada. Porém, no deserto a única comida que possuíam era o maná. Lá eles não tinham essa variação. Incrivelmente, eles se alimentaram durante quarenta anos no cereal celeste, denominado de: “o pão dos anjos”, isto sem sofrer com qualquer deficiência alimentar. Pois, o maná tinha em si todos os nutrientes que eles precisavam (Salmos 78:23-25). Apesar de terem uma única alimentação, exceto pelas codornizes que foram capturadas duas vezes, eles tinham forças e saúde, o que aponta para o Senhor Jesus, o verdadeiro pão que desceu do céu completo em si mesmo (João 6:49-51). O milagre do maná nos ensina a como depender de maneira única e exclusiva do Senhor. No deserto eles tinham pão, mas não havia mistura. Deveriam contentar-se e adequar-se aquele novo sistema de vida, crendo que o mesmo Deus que os libertou, também cuidava deles e sabia o que precisavam dando-lhes apenas o necessário e não o desejado.

A vida dos filhos de Israel estava impregnada do estilo egípcio, seus hábitos e devoção receberam forte influência. O maná representava a desintoxicação espiritual, comida que jamais compreenderam o significado (Deuteronômio 8:3). O pão dos anjos era fornecido todas as manhãs, mas era necessário o povo apanhá-los todos os dias, exceto no sábado. Este ir e vir diário representava um relacionamento com Deus, e ao mesmo tempo, a disciplina com o alimento Divino. Inserir o maná era como ter Cristo dentro de si preenchendo todos os espaços da alma e coordenando todas as diretrizes da vida. Guardar era permitir que se estragasse o que representa uma vida sem ação, apenas religiosa. A porção dupla da sexta-feira nos fala de descansar na confiança em Sua provisão (Êxodo 16.20; Mateus 6:25; I Timóteo 6:8).

A orientação que Deus deu acerca do maná era que todos colhessem apenas o necessário por cabeça, até um ômer por pessoa diariamente (Êxodo 16:19-21). Era proibido guardar para o outro dia. Isso nos ensina que para cada dia Deus tem um novo alimento, uma nova revelação. Hoje, muito do desassossego e do pecado no mundo resulta de uma fonte espiritual não satisfeita. Há pessoas que vivem com substitutos rejeitando a saudável alimentação que Deus oferece livremente (Isaías 53:1-3). O maná não caiu sobre mesas ou árvores, mas no chão, e o povo tinha que inclinar-se para pegá-lo. Muitos pecadores não se humilham. Eles não se curvam! Não se arrependem nem se volta para o Salvador. Embora não estejamos no deserto, assim como eles deveriam confiar que teriam a provisão e o cuidado alimentar de Deus a cada dia, devemos confiar que Deus cuidará, a cada dia, de todos nós! Mesmo quando hoje trabalhamos com nossas mãos para o nosso sustento, por trás de tudo, é Ele quem nos dá saúde, nos preserva e nos sustenta.


O Maná do nosso tempo

Sob nenhuma perspectiva analisada, o Maná pode ser entendido como um simbolismo para a teologia da prosperidade. A provisão diária era dada sob medida, não era permitido excessos e nem mesmo estocagem de mantimento. Cada dia bastava por si só. De uma forma bem pragmática podemos dizer que a porção derramada sobre o acampamento dos israelitas era tão precisa, que se a porção individual fosse respeitada, não haveria déficit e nem sobra. Isso acontecia para que o povo aprendesse a confiar na provisão diária do Senhor, pois se a alimentação do hoje era garantida, o amanhã estava literalmente nas mãos de Deus. O povo havia saído do Egito cheio de usos e costumes da cultura egípcia, onde na descrição de Deuteronômio 8:3, Israel foi humilhado e passou fome. Assim sendo, Deus jamais falhou em fornecer o suprimento diário, e os israelitas tinham todas as manhãs um Maná fresquinho, sem haver necessidade de se comer “pão amanhecido”.

Existe porém um outro aspecto muito relevante nesta sistemática divina: o povo mantinha-se sempre alerta, e não adentrava a perigosa zona do comodismo. Com a manifestação sobrenatural do Maná, os israelitas não desenvolviam vínculos com uma terra que não era sua, e sem estabelecer áreas agrícolas para garantir o sustento, não havia necessidade de fixar moradia em casas de alvenaria, ou obrigações com os ciclos do solo. Assim, eles estavam sempre prontos para partir, obedecendo com agilidade a ordem provinda do Senhor para se mover. Qualquer semelhança com a vida de um cristão não é mera coincidência. Também somos um povo que necessita estar preparado para partir no exato momento em que a trombeta soar (I Tessalonicenses 4:17). Não haverá tempo de preparo e muito menos para desfazer vínculos terrenos. Exatamente por isso, Jesus nos aconselhou que nos preocupássemos primeiramente com o Reino, buscando incansavelmente sua justiça, sem se ater a frivolidades pertencentes a este mundo. É claro que um cristão precisa ter vida social, trabalhar, estudar, constituir família, ganhar seu suado dinheirinho; mas nosso Mestre nos deixa inúmeras recomendações sobre buscar todas estas coisas com “moderação”. Quando ensinou aos seus discípulos a oração modelo (conhecida como PAI NOSSO), Ele deixa muita clara a forma como devemos pedir e a “intensidade” proposta é um antídoto a ganancia: O pão nosso de CADA DIA nos daí HOJE (Mateus 6:11). Nem mais, nem menos. Apenas as necessidades diárias. Embora o cristianismo moderno “venda” um evangelho de “lucros” e “ostentação”, Jesus ensinou aos seus discípulos que o verdadeiro cristão, embora também precise de subsídios para viver, jamais prioriza ganhos e bens materiais. Lucas 10:1-11 relata o método usado por Jesus para ensinar na pratica esta verdade: Depois disso o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou dois a dois, adiante dele, a todas as cidades e lugares para onde ele estava prestes a ir. E lhes disse: A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita. Vão! Eu os estou enviando como cordeiros entre lobos. Não levem bolsa, nem saco de viagem, nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho. Quando entrarem numa casa, digam primeiro: Paz a esta casa. Se houver ali um homem de paz, a paz de vocês repousará sobre ele; se não, ela voltará para vocês. Fiquem naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa. Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam o que for posto diante de vocês. Curem os doentes que ali houver e digam-lhes: O Reino de Deus está próximo de vocês. Mas quando entrarem numa cidade e não forem bem recebidos, saiam por suas ruas e digam: Até o pó da sua cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vocês. Fiquem certos disto: o Reino de Deus está próximo.

O argumento definitivo que comprova a presença espiritual do Maná na vida do crente, esta no fato que mesmo sem “regalias” e “comodidades”, o cristão jamais será desamparado por Deus, que dia após dia suprirá suas nescessidades. Mateus 6:25-34 registra uma das mais impactantes mensagens de Jesus (que de tão valiosa, também foi registrada em Lucas 12:24-31). Percebendo a aflição de seus discípulos com o limitado recurso financeiro do grupo, Jesus expõem para eles a fidelidade de Deus e ao mesmo tempo verbaliza uma das mais belas promessas da Bíblia:

“Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam;contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? {Pois a todas estas coisas os gentios procuram.} Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo.

Infelizmente, muitos não compreendem corretamente este texto, interpretando-o como uma promessa de prosperidade e sucesso financeiro, mas o contexto fala claramente sobre as necessidades básicas do ser humano: Comer, beber e vestir. A promessa aqui feita é muita clara, e consiste no fato de Deus assumir com o crente fiel, o compromisso de supri-lo em “todas essas coisas”. Agora responda com sinceridade: Você já comeu hoje? Teve água para beber? Está vestido no momento? Se a resposta for sim para todas as perguntas, glorifique bem alto. Ele tem sido fiel em sua vida e o Maná ainda está caindo na sua casa.


Cristo, o alimento divino

Existe uma relação muito forte entre o maná do deserto e o Salvador do mundo. Cristo é o pão da vida, o alimento sem o qual a vida não pode continuar (João 10:10b). A vida é a nova relação com Deus, que só é possível graças a Jesus Cristo. Sem Ele e separados dele ninguém pode entrar nessa nova relação com Deus. Em comparação com o maná do deserto, Cristo, nosso maná espiritual tem poder vivificador (João 6:48-51; Hebreus 9:4-9). O maná sustentava a vida física, mas Cristo dá vida espiritual a todos os que o recebem. O maná era apenas para os judeus, mas Cristo oferece a si mesmo ao mundo todo (João 6:51). Não custou nada a Moisés assegurar o maná a Israel, mas para Cristo o preço foi de sangue, tendo que morrer na cruz para se tornar disponível para saciar a fome universal. Como é triste observar que a maioria das pessoas do mundo caminha sobre Cristo, como se Ele fosse o maná deixado no chão, em vez de inclinar-se para recebê-lo a fim de poder viver. Deus testava a obediência de Israel ao fazê-lo pegar o maná o maná diariamente, e isso ainda é um teste para o povo de Deus (Êxodo 16:4). Infelizmente, muitos cristãos ainda anseiam pela alimentação carnal do mundo (Êxodo 16:3).Muitos cristãos, em vez de começar o dia se inclinando em busca do alimento espiritual, esperam que o pastor ou o professor da escola Bíblica dominical recolha o maná para eles e os alimente. Este é o teste de nossa caminhada espiritual: eu tenho Cristo e sua Palavra em alto apreço, a ponto de iniciar meu dia recolhendo o maná?
O maná fora apenas um tipo de sua missão de satisfazer a fome que o espírito humano tem pela verdade, amor, e esperança; Ele não veio apenas para satisfazer uma fome passageira, mas para comunicar vida, e que está à disposição de todos aqueles que desejarem. Vamos recorrer a Ele, abandonando tudo o mais. Ir a Cristo é deixar de ter fome; confiar nele e saciar nossa sede. Se Ele tem poder para nos levar aos céus, também tem poder para nos dar as bênçãos da terra da terra. “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (João 6:37). Todos os que vão a Ele provam que estão incluídos nas dádivas do Pai, dádiva feita antes que os mundos fossem criados (João 10:28-29; 17:5-6).Nenhuma busca da mente humana e nenhum desejo do coração do homem pode encontrar a verdade de Deus apartado de Jesus. O único caminho para alcançar essa nova relação é através de Jesus (João 1:1-3; 14:6). Jesus é o essencial sem o qual a vida não pode nem começar; nem continuar (João 3:16). Quando de verdade o conhecemos, e o recebemos, todos os desejos insatisfeitos, e insaciáveis do coração e da alma desaparecem. A fome e a sede da situação humana se apagam quando Cristo vive em nós. Todo esse processo nos dá vida. Isto é, situa-nos em uma nova e bonita relação com Deus (João 8.32). A possibilidade de obter isto é grátis e universal (Mateus 11:28). O convite se formula a todos os homens e consiste apenas em curvar-se para pegá-lo em gesto de humilhação, pois do céu já nos foi dado (João 6:51).

O grande privilégio de servir a Cristo é que Ele oferece: primeiro, uma nova satisfação em vida. Onde o coração humano se harmoniza e a vida deixa de ser uma mera existência tornando-se algo que é motivo de excitação e de paz. Segundo, Ele nos garante estarmos seguros até além da vida. Ou seja, Ele nos oferece vida no tempo presente, e vida na eternidade.

A tipologia entre a provisão diária do Maná (O PÃO DO CÉU) e Jesus (O PÃO VIVO QUE DESCEU DO CÉU) é uma das mais belas metáforas para a compreensão do grande amor de Deus para aqueles que são seus. O grande Jeova-Jireh trabalha desde o principio para erradicar a fome de seu povo. Primeiro ELE envia o Maná, e sustenta milhares de pessoas numa longa jornada rumo à terra prometida. Depois, ele nos manda Jesus, o pão da vida, que é nosso sustendo nesta caminhada árdua que nos levará até a Nova Jerusalém. Poesia literal, como a encontrada na letra do belíssimo hino 328 da Harpa Cristã:




Homens da Bíblia: Pregação - Estudo - Programações

Nenhum comentário:

Postar um comentário